Por Visual News Noticias / Sérgio Ferreira
Um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro ter feito um pronunciamento
criticando medidas de isolamento social adotadas no Brasil contra a
Covid-19, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse nesta
quarta-feira (25) que permanece no cargo e defendeu o posicionamento do
presidente.
"Eu vou deixar muito claro: eu saio daqui na hora que acharem que eu
não devo trabalhar, que o presidente achar, porque foi ele que me
nomeou. Ou se eu tiver doente, o que é possível, eu ter uma doença, ou
no momento que eu achar que esse período todo de turbulência já tenha
passado e que eu possa não ser mais útil. Nesse momento de crise agora,
eu vou trabalhar ao máximo. Equipe está todinha focada. Nós vamos
trabalhar com critério técnico", disse Mandetta.
Mandetta defendeu a manutenção da atividade econômica no Brasil. Ele
afirmou que essa é uma das preocupações do comitê interministerial que
atua no enfrentamento da crise. "Tenho certeza que esse comitê vai achar
boas soluções para a economia", disse Mandetta.
O ministro citou a agropecuária como exemplo de ramo que precisa continuar ativo para evitar consequências em outros setores.
"Eu sou de um estado agrícola. Nós temos safra para colher, uma safra
daqui a pouco para plantar e sem alimento não adianta a gente fazer
luta, porque quem está segurando a economia desse país é o agro. A gente
então precisa pensar tudo isso", disse o ministro, para na sequência
apoiar o pronunciamento de Bolsonaro, que foi criticado por políticos e
entidades médicas.
"E
eu vejo nesse sentido a grande colaboração da fala do presidente.
Chamar a atenção de todos que é preciso pensar na economia" - Luiz
Henrique Mandetta, ministro da Saúde