Por Visual News Noticias / Sérgio Ferreira
De acordo com a TV estatal, 35 pessoas morreram. A BBC afirma que outras
48 pessoas ficaram feridas. A confusão provoca um atraso no
sepultamento que irá acontecer no Cemitério dos Mártires após quatro
dias de funeral.
Imagens da
TV estatal mostram os iranianos nas ruas de Kerman carregando bandeiras
do Irã e imagens do general, enquanto hinos de luto soam de
alto-faltantes. Durante o cortejo, autoridades discusaram, entre elas o
ministro de Relações Exteriores, Mahammad Zarif.
As homenagens a Soleimani, que era considerado um herói nacional,
começaram no sábado (4), no Iraque, e passaram por várias cidades, como
Bagdá, Karbala e Najaf, consideradas sagradas pelos muçulmanos xiitas.
A mobilização popular lembrou as massas que se reuniram em 1989 para o funeral do fundador da República Islâmica, o aiatolá Ruhollah Khomeini, segundo Reuters.
Forças americanas 'terroristas'
O Parlamento do Irã aprovou por unanimidade nesta terça uma moção que declara todas as forças americanas e o Pentágono como "terroristas". Após a votação, os delegados cantaram "Morte à América", de acordo com a agência de notícias estatal iraniana Irna.
Na mesma sessão, o parlamento também aprovou um orçamento ampliado para a Força Quds, que Soleimani chefiou.
Khamenei pede ataque direto
O líder supremo do Irã, o Ali Khamenei, participou de um encontro no
Conselho de Segurança Nacional para estabelecer os parâmetros da reação
do seu país ao ataque americano que matou o general. Ele orientou que a
retaliação seja um ataque direto e proporcional aos interesses
americanos, abertamente realizado pelas próprias forças iranianas, de
acordo com relatos de fontes do jornal americano “The New York Times”.