Prisco usa terrorismo de movimentos anteriores, diz comandante-geral da PM

Em entrevista na manhã desta quarta-feira, Anselmo Brandão reafirmou que não há estado de greve na corporação: "Nossa tropa está nas ruas"

Por Sérgio Ferreira 09/10/2019 - 09:54 hs

Por Visual News Noticias / Sérgio Ferreira

O comandante-geral da Polícia Militar da Bahia, coronel Anselmo Brandão, afirmou nesta quarta-feira (9) que o deputado estadual Soldado Prisco (PSDB) usa as “mesmas táticas de terrorismo” e de “fake news” utilizadas em movimentos anteriores, a exemplo das greves ocorridas entre 1997 e 2016 —época em que acabou denunciado por crimes políticos e de formação de quadrilha.

“Esse deputado não nos representa. Ele sabe que outrora fez movimentos como esse. Movimentos que deixaram marcas na sociedade de maneira negativa. Implantou o terror. Ele se coloca como líder, usando as mesmas táticas de terrorismo”, disse Brandão em entrevista à rádio Metrópole.

Segundo o comandante-geral da PM, na terça (8), a cúpula da corporação já havia sido informada sobre a intenção de Prisco e passou a monitorar a assembleia convocada pelo deputado.

“Estávamos companhando. Não tinha clima nenhum. Uma assembleia com 300 pessoas, a maioria policiais aposentados, colegas meus. Às 18h, ele [Prisco] anuncia estado de greve. Não existe estado de greve na corporação. Confio em minha tropa”, afirmou.

Na entrevista, Brandão disse que não há hoje qualquer motivo de insatisfação na corporação que possa resultar em greve, já que, em sua avaliação, a gestão Rui Costa (PT) vem adotando uma série de medidas que trouxeram ganhos e valorização da PM.

“Foram 18 mil promoções em 4 anos e oito meses. Isso tem um custo alto no Estado. Isso demanda recursos. Há vários concursos em andamento. Demandas de elevação pra categoria. Tinha uma demanda antiga, que era o auxílio-transporte. No ano passado, o governador nos deu. Ganho real nos soldos”, disse Brandão.

“Aí aparece uma pessoa, sem motivação, com uma pauta extensa, sem foco, e anuncia estado de greve. O deputado era pra estar preocupado com a previdência dos militares. A tropa não vai cair nesse engodo. Uma pauta política. Egoísmo dele, colocando a sociedade toda refém”, afirmou o comandante-geral.

“Asseguro à sociedade baiana: nossa tropa está nas ruas.”