Venezuela: as últimas notícias da crise
Ao menos quatro venezuelanos já morreram em repressão de Maduro próximo à fronteira com o Brasil
Ao menos quatro venezuelanos já morreram em repressão de Maduro próximo à fronteira com o Brasil
Por Visual News Noticias
A tensão nas fronteiras da Venezuela não cessa. Neste domingo, em Paracaima, única cidade brasileira que tem fronteira com o país, grupos de venezuelanos contrários ao regime de Nicolás Maduro atiraram pedras contra os membros da Guarda Nacional, que permanecem leais a Maduro e cortam a fronteira. Os soldados responderam com gás lacrimogêneo, que chegou a atingir o território brasileiro. Para minimizar os conflitos, os militares brasileiros criaram um cordão de isolamento entre os dois grupos. Os limites da Venezuela com seus vizinhos se tornaram no principal palco de disputa entre o presidente Maduro e Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino na Venezuela pelos EUA, Brasil, Colômbia e dezenas de países pelo mundo. Desde sexta-feira, com o fechamento da divisa da Venezuela com Roraima, ordenado por Maduro, a situação é volátil. Já são quatro mortos confirmados na região e dezenas de feridos. Nesta segunda, reunião do Grupo de Lima em Bogotá, com a presença de Guaidó, tenta aumentar a pressão sobre Maduro. O Brasil vai ser representado pelo vice-presidente Hamilton Mourão e pelo chanceler Ernesto Araújo.
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, (na foto, de AFP) alertou neste domingo de que "medidas" serão tomadas contra a Venezuela depois da "trágica" jornada de sábado. O chefe da diplomacia estado-unidense não descarta uma intervenção militar, ao afirmar que farão "o que for necessário para assegurar (...) que a democracia se imponha" e que "todas as opções estão sobre a mesa", em uma entrevista à Fox. Juan Guaidó utilizou essa mesma expressão no sábado, depois de que a entrada dos caminhões com ajuda humanitária fracassasse. Guaidó participará na segunda, em Bogotá, de uma reunião do Grupo de Lima, na qual também estará o vice-presidente dos EUA, Mike Pence.
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