A ciência comprova: pais realmente dão mais atenção às filhas
Pais de meninas tendem a escutar mais atentamente e cantar mais para suas crianças - além de terem maior abertura para falar sobre emoções com elas
Pais de meninas tendem a escutar mais atentamente e cantar mais para suas crianças - além de terem maior abertura para falar sobre emoções com elas
Não é só modo de dizer: as filhas são mesmo as princesinhas de seus papais. Por meio de uma pesquisa publicada no periódico Behavioural Science, pesquisadores dos EUA confirmaram que pais de meninas tendem a ser mais atenciosos com suas crias em comparação a pais de filhos homens. E a explicação está na forma como eles interagem com os pequenos: ter uma postura mais emocional ou mais competitiva depende do gênero da criança.
Isso foi comprovado em um experimento realizado com 52 pais – de 30 meninas e 22 meninos com até 2 anos. Eles tinham idade entre 21 e 55 anos e eram todos moradores de Atlanta. Os pesquisadores monitoraram sua rotina por 48 horas (um domingo e uma segunda-feira). Durante esse tempo, os adultos carregaram junto do corpo um gravador eletrônico, para registrar em áudio as interações com suas crianças.
Para evitar que os voluntários atuassem, protagonizando momentos dignos do prêmio de “pai do ano”, os gravadores foram programados para funcionar apenas em alguns períodos do dia. Os aparelhos ligavam sozinhos a cada nove minutos, e passavam 50 segundos captando o som ambiente.
Enquanto para os garotos o tempo junto dos pais era preenchido por lutas de mentira e corridas de cavalinho, as meninas mantinham um tipo de relação diferente. Em geral, elas eram ouvidas com atenção por um tempo até 60% maior, e seus pais também cantavam para elas por cinco minutos a mais.
Com as meninas, as conversas eram também mais profundas. Notou-se uma maior abertura dos pais para falar sobre emoções, incluindo tristeza. Isso explica a maior incidência de palavras como “chorar”, “lágrimas” e “sozinha”, o que pode estar relacionado à criação de empatia, segundo os cientistas.
Da mesma forma, referências a aparência também foram ouvidas com mais frequência – como “barriga”, “bochecha”, “rosto”, “gordura” e “pés”. Coincidência ou não, são palavras que podem moldar a forma como elas enxergarão a si próprias quando tiverem idade para isso – levando em consideração que meninas costumam ter mais problemas em relação a seu corpo e auto-estima.
Em compensação, pais de meninos preferiam incentivar sua veia competitiva. Nas suas interações, apareceram mais vezes palavras como “vitória”, “orgulho” ou “melhor”. “O fato é que os pais parecem se atentar menos às necessidades emocionais dos garotos – apesar de suas claras boas intenções, é importante reconhecer”, aponta Jennifer Mascaro, uma das autoras do estudo, em entrevista ao The Guardian.
Tudo isso parece ter ligação à forma como as meninas e meninos são criados. Desde ganhar carrinhos de presente até serem matriculados em aulas de balé, tudo na formação das crianças acaba interferindo na pessoa que os pais irão formar. Apesar de muitas vezes não intencionais, esses estereótipos tratamento desempenham papel significativo na forma como as crianças se relacionam com os pais ou encaram seus problemas, por exemplo.
No fim das contas, a mensagem que fica é: vale a pena deixar um pouco de lado as brincadeiras mais convencionais para trocar uma ideia olho no olho com seu bebê. Afinal, desenvolvimento emocional serve para todo mundo, não é mesmo?
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