Por: Sérgio Ferreira
O vice-governador João Leão (PP) pode ainda nem ter fechado o acordo para apoiar o candidato do DEM ao governo, ACM Neto (DEM), mas já cruzou nitidamente a fronteira que o separava da oposição.
Chamado ontem à tarde às pressas ao Palácio de Ondina em um recurso desesperado do governador Rui Costa (PT) para segurá-lo na base, Leão colocou uma condição ‘inaceitável’ para permanecer no grupo governista.
Rui renunciaria, ele assumiria o governo e, em outubro, concorreria à reeleição. A conversa foi encerrada com um aperto de mãos e vários novos apelos para que Leão não se afaste, mas sem qualquer proposta concreta do governador.
Por isso, correligionários de Leão dizem que as condições impostas pelo vice foram também uma resposta em grande estilo.
Elaborada para demonstrar todo o desprezo do partido e do vice pelo grupo governista pela desconsideração de que ele foi alvo especialmente, em sua avaliação, do senador Jaques Wagner (PT).
Em seguida, resignado, Rui mandou avisar à equipe que não concorreria mais ao Senado nem a deputado federal. Ainda assim, disparou telefonemas para vários progressistas, inclusive o deputado federal Cacá, filho de Leão.
Não contente, convidou Leão para um novo encontro hoje, depois de ter prometido se reunir com o senador Otto Alencar (PSD) para tentar fazer um novo ajuste na chapa que contemple o vice.
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